Outro o importante após uma descoberta tão grande é levar todos os materiais cerâmicos, líticos [instrumentos e utensílios] e funerários para o laboratório do Núcleo de Arqueologia.
Segundo o professor, os itens precisam ser catalogados, incluídos em um inventário, ar por limpeza e receber acondicionamento adequado para fazerem parte da reserva técnica.
No caso dos sítios rupestres, como não é possível fazer o resgate, pois as gravuras e desenhos estão nas formações rochosas, é feita toda a documentação mais completa possível que vai fazer parte do acervo, podendo ser consultada por pesquisadores.
Núcleo de Arqueologia atua há 25 anos
O Núcleo de Arqueologia ligado à Unitins atua no estado há 25 anos, realizando pesquisas na área. Atualmente, o estado possui mais de dois mil sítios arqueológicos cadastrados junto ao Iphan.
O professor afirmou ainda que esse complexo arqueológico tem datações que chegam a aproximadamente 12 mil anos.
A exposição “Ecos da Serra: a arte rupestre na APA Serra do Lajeado” faz parte de projeto do Nuta e ficará disponível para visitação da população nas cidades de Lajeado e Tocantinia até o dia 2 de abril. Depois, as imagens dos cinco novos sítios vão ser expostas para visitantes em Palmas e Aparecida do Rio Negro.
Exposição “Ecos da Serra” leva registros de pinturas rupestres para municípios do estado
“É também um momento importante de devolutiva dos resultados da pesquisa para as comunidades onde nós realizamos a pesquisa. E nessas imagens eles poderão não só conhecer um pouco dos sítios, dos tipos de pinturas que estão presentes nesses sítios, os contextos onde eles estão implantados, mas também vejam o estado de conservação desses sítios e se sensibilizem com relação à necessidade de nós, como um coletivo, pensarmos em estratégias conjuntas às comunidades locais, às instituições municipais, estaduais e federais, e possamos juntos trabalhar para a conservação desses sítios”, completou o pesquisador.